quarta-feira, 28 de março de 2007

nothing for free

eu queria cantar mais um pouco, te ver um pouco mais. não queria ir para a sibéria de sonhos atrasados. não queria viver como um operário do século 21 que acha que tua jornada é tão absurda quanto a de sísifo. antes que se diga, eu sei, não sou operário, também sei que não vivo como se estivesse aqui no 21. acho isso uma puta virtude, a única que consigo me admitir. sinto-me muitas vezes num labirinto onde as palavras caprichosamente se escondem, animais ariscos e brincalhões. o problema é que acho que estou ficando velho e mesmo a canção que gostava tanto já não me toca como antes. não queria viver nessa sibéria que estamos condenados a viver, e na qual a maioria nem se dá conta que vive. nada aqui é festa.

2 comentários:

Ana M disse...

me lembrei de uma frase que li há muito tempo atrás, do Oscar Wilde: "viver é a coisa mais importante (ou rara)do mundo. a maioria das pessoas apenas existe." triste, né?

peka disse...

Tem dias que choro muito, e tudo parece vão... Outras me sinto tão só, como se vcs e mais pessoas que amo não existissem... na maioria eu sorrio e acredito que a vida pode melhorar, acredito em tudo, acredito em mais, porque isso é o que me resta... Eu já vi teu sorriso de felicidade, será que um dia acreditou que as coisas poderiam dar certo?

"Eu acredito nas besteiras
Que eu leio no jornal
Eu acredito no meu lado
Português, sentimental
Eu acredito em paixão e moinhos lindos
Mas a minha vida sempre brinca comigo
De porre em porre, vai me desmentindo

Será que eu sou medieval?
Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média"
(Cazuza)

Também não me acho atual assim, eu ainda acredito nos sentimentos, vejam só... hehe.Quero aprender como viver sofrendo o menos possível, juro que tô me esforçando pra entender... Se eu conseguir tento te explicar!