domingo, 29 de abril de 2007

Frases alteradas...

Sou brasileiro e não desisto nunca!
Sou Caxiense e desisto sempre!
Sou da Laureano e nem tento!
(Grupo Unidos da Laureano)

Os índios (nossos ancestrais) diziam que se você comesse muito coração ficava mais generoso e bondoso.
(Clayson)

Mac Donald's: O oasis do cu...
(Gigante)

Martha esconde uma lágrima...

- É essa tua mania... de ficar retrocedendo ameaças impostas, esse medo do terror, de errar... tu deixou pra trás metade do que tinha de bom nessa tua cruzada de se tornar melhor...
(o ritmo dela ia me levando a insuspeitas possibilidades de entrega, ia rachando muros intransigentes construidos com muito esforço).
- Para de ficar reflexionando passados possíveis. para! não vês? tu não foi melhorando, foi deixando pra trás o que importava... Não baixa essa porra de olhar! Me encare! Fale que não gosta quando falo assim contigo.
(Se tinha verdade naquelas coisas, não era a toa o barco estar naufragado, não era em vão a correnteza ter desistido de me levar).
- Porra Julio! olha... livre-se... merda, pra que esses baseados se tu não se deixa levar? qual o teu problema? levanta os olhos porra! esse teu olhar, tu não suspeita o cativeiro que foi...
(Nem me deixava pensar além de seu fluxo violento de palavras doces... Era ela alí dizendo tudo... Mas o que me importava era o fim do mundo que se avizinhava quando de sua partida...)

"Eu queria querer-te e amar o amor, construírmos dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação, tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés, e vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero e não queres como sou, não te quero e não queres como és"...
(Caetano)

(Texto de Caeiro... com intromissões da Peka...)

sábado, 28 de abril de 2007

alguém reconhece o muro?


E se um dia tivéssemos que resistir,
e se tudo que fizéssemos fosse em vão?
A vida mesmo assim teria uma razão.
Manter-se de pé e esperar.
E se não fossemos tão jovens ainda estaríamos aqui?
E se não pudéssemos mais cantar,
nem reclamar
nem protestar?
Fingiríamos esquecer nosso ideal
ou lutaríamos agora pra valer?
Os tombos da vida nos fazem crescer
e não devemos desistir...
Mas então vamos lá,
lutar por um ideal.
Se viver é resistir,
então será...
E ai poderemos sorrir como mulheres negras,
que apesar de todo sofrimento se negam a chorar.

Mulheres negras - Dead Fish

A Vagamente Discos lhe convida

Localizado às portas da comunidade Tavares Bastos, com um casarão de arquitetura única, e tradição em shows que vão do jazz à bossa nova, a casa de espetáculos (e também albergue) The Maze Inn recebe agora a jovem música carioca com as bandas Brisa, Os subterrâneos, e Marina Íris e Céu de Sobrado, num evento que reúne ainda, comes (incluídos no ingresso), bebes, e pessoas variadas, dispostas a mostrar que ainda é possível festejar a cultura e o Rio de Janeiro visto de cima.

O evento acontece neste sábado, 28 de abril, às 16h, e a entrada custa R$ 7,00.
Endereço: Rua Tavares Bastos nº 414/ 66 (subir a rua até o final)

links:
http://theoneandonlymaze.com/
www.myspace.com/bandabrisa

Quem puder va, e me avise, pois eu vou, ae marcamos de ir junto, blz?
fuizes

sexta-feira, 27 de abril de 2007

sangue latino

jurei mentiras e sigo sozinho, assumo os pecados
os ventos do norte não movem moinhos
e o que me resta é só um gemido
minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos,
meu sangue latino, minha alma cativa
rompi tratados, traí os ritos
quebrei a lança, lancei no espaço
um grito, um desabafo
e o que me importa é não estar vencido
minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Hoje tem Geringonça

Meio tarde pra avisar, mas fiquei sabendo agora. Hoje tem o Projeto Geringonça no SESC Tijuca. Das 19h às 22h, de graça. Eu vou com um colega...


Maiores informações clique aqui.

baile infantil

quando ela se abre
me envergonha.
quando ela se fecha,
quase me destrói.
por que me jogaram
atrás de uma porta?
por que me tranquei
atrás de uma porta?
por que me jogaram
dentro da noite?
e me torturam tanto?
e me machucaram tanto?
e quase me mataram?
se eu sempre soube,
apesar das invenções
mais hediondas,
que a chave era eu.



fausto wolff, em seu livro de poesia, "gaiteiro velho". wolff pode ser lido todos os dias no jb, é um dos poucos jornalistas atuais que ainda usa a dignidade e os colhões para escrever.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Hoje na Rio Branco

Hoje na Av. Rio Branco vi uma cena tão (?) que até agora não encontrei o adjetivo para ela: um policial, parado em frente aos camelôs que vendem CDs piratas, comprando um CD de jogo.

Que pensar disso?

Poesia concreta Pós-moderna

mama que eu to carente
mama que eu to carente
mama que eu to carente
So nao vale usar o dente
Gata eu to me apaixonando
mina eu to me apaixonando
ai eu to me apaixonando
entao mama me olhando
(Mr. Catra)


tios e tias

sonhei que adotava uma criança. na verdade achava-a no shopping de caxias, sujérrima, abandonada, esperando alguém digno de levá-la, tal qual a espada de excalibur. nem sei quem escolheu quem. acho que foi o maior elogio que já recebi de meu subconciente (tomara que tenha sido). no decorrer do sonho, ele brincava com meus brinquedos de criança, de meus tempos infantis, eu ficava horas olhando-o, mal contendo as lágrimas. lavava-o, apresentavo-o aos meus amigos, dizendo o nome de cada um precedido de um tio ou tia: tia peka, tio édimo, tio acácio, tio gigante, primo vinicinhu, tia lívia, tia beta, tio daniel, até o danilo. tio fábio e tia olinda iriam ser os padrinhos numa cerimônia devidamente lúdica. lia para ele ( engraçado, não pensei em nome) “cem anos de solidão” e “alice através do espelho”. nunca mais tive vazio nos olhos e o meu desassossego existencial foi trocado por um desassossego típico causado pelos cuidados que devemos ter com crianças. acordei levando as mãos aos lados para procurá-lo e com o travesseiro um pouco molhado de lágrimas. fui trabalhar um pouco desnorteado e tentando entender as peças que este sonho me deu.

Morre Boris Yeltsin

Bem, eu sei que não é o russo da foto, mas vocês não acham algo legal o cara ter o mapa do proprio pais em sua careca??

terça-feira, 24 de abril de 2007

Los Hermanos

Eu ia responder a esse tal de "velinho", mas com esse nick prefiro até mesmo desconsiderar...
PS: Poderíamos proibir o uso da palavra deus nesse blog, que acham?

Enfim, vai a notícia, retirada do site oficial da banda:

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23 DE ABRIL - Recesso - A banda Los Hermanos comunica a decisão de entrar em recesso por tempo indeterminado. Por conta disso não há previsão de lançamento de um novo disco.A pausa atende a necessidade dos integrantes de se dedicarem a outras atividades que vieram se acumulando ao longo desses dez anos de trabalho ininterrupto em conjunto. Não houve desentendimento ou discordância que tenha afetado nossa amizade tanto que continuamos jogando truco toda quinta-feira.Por conta dessa decisão, mesmo após o término da turnê do "4", resolvemos fazer duas únicas apresentações no Rio de Janeiro, na Fundição Progresso nos dias 8 e 9 de junho. Até lá.
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Putz, eu juro que já estava começando a ficar fissurado no "4"...tem umas músicas fodas nele né...mas já que é férias, até 8 e 9, estarei em ambos!!!

Coisas que eu não entendo

"Mulher coloca piercing, faz tatuagem, opta por parto normal, lipoescultura,
aplica botox na cara, depila com pinça ou com uma tal de cera quente (quase
fervendo), faz aeróbica, yoga e abdominal e diz que não quer fazer sexo anal
porque.......dói???"

"Eu aqui me afogando,
E você me descrevendo a água..."

(Jack Nicholson, no filme "Melhor é impossível")

Trezentos: Os filhos de Hercules (480 a.C)

Depois de assistir o filme "Trezentos", tive curiosidade de saber um pouco mais sobre a história de Esparta.Vou compartilhar com vcs o que li.
Esparta foi uma das primeiras cidades gregas a estabelecer que todo cidadão fosse igual diante da lei, e também a poder eleger os membros do Conselho dos anciãos, encarregado de elaborar as leis da cidade, já no século 7 a.C.
A origem da palavra democracia é dessa época, já que era o damos (povo) que elegia seus representantes. Esparta parece ter inventado a idéia de que mesmo um plebeu pobre tinha o direito de eleger seus representantes e ser eleito, e de que ninguém, nem mesmo os reis, estavam acima da lei.
Ou seja, já nessa época foi criada a idéia de democracia, de direitos iguais aos cidadãos, de eleger nossos representantes, sendo que até hoje existem fraudes eleitorais, desigualdades de todo tipo, autoritarismos... E ainda existem alguns que tem coragem de dizer que somos seres em constante evolução...
Mas, voltando ao foco do filme, só pra sabermos o que acontece após a batalha dos Trezentos: No ano seguinte, a Persia perde definitivamente a guerra, e a Grécia continua a ser a toda-poderosa, até que seu posto de potência mundial seja tomado por Roma, é claro...
PS: A homossexualidade tão divulgada sobre a Grécia, também era comum em Esparta. Mas, os soldados do filme eram tão fortes e de musculos tão definidos, que acredito que o diretor de Trezentos, deva ter ficado encabulado em mandar eles colocarem flores nos cabelos (tradição dos soldados antes de cada batalha) e comer uns aos outros... hehe.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

idissiocrático sou eu.

depois que te torturam e te amedrontam por uns 20 anos
então eles esperam que você escolha uma carreira
mas você não consegue fazer funcionar, sua alma cheia de medo


essa música, do jonh lenon em sua carreira solo, se não me engano, chama-se working class hero, e como não podia deixar de ser, fala sobre como os operários deveriam se unir e fazer algo à respeito de suas vidas. mas, ao mesmo tempo que é um libelo à revolta, também é uma letra de rara sensibilidade sobre um sujeito que simplesmente não se adapta às normas competitivas de nossa ( e dele, pouca coisa mudou) sociedade. e o que parece ser uma fraqueza, torna-se, justamente, o que esse cara tem de melhor. nossa! as salas de aula estão formando pequenos franksteins, com potencial enorme, mas incapazes de se adaptarem. a coisa tá começando a ficar irremediável minha gente.

Os jogos de azar que os Romanos deixaram

O exterior anda cheio de terror
Quem vai pagar a conta quando tudo acabar?
Somos as vítimas cujo sangue está acabando
E a globalização está foda...
Não querem mais empregos na África agora?
Pois, fiquem com o terror
Suas crianças explodem escolas
São os poderes infernais se voltando contra o mago
E aqui no terceiro mundo
Isso é tudo muito engraçado!

Ford, Malthus e Keynes foram para o inferno
Mas tem sempre alguém querendo escravizar a América Latina e os filhos da África
Alguém que ache muito engraçado
O Fundo Monetário, o Bird a Otam e a porra da ONU*
O que você tem em suas mãos?
Qual o seu trunfo, seu coringa?
É a religião, é a mentira, é a acumulação primitiva
Você diz ter Deus no coração
Mas ele não existe, não
Você tem dolár, tem um milhão, você tem especulação

Qual o sentido do suicidio?
Qual sentido de estar vivo?
Qual sentido do consumismo?
Qual sentido de tudo isso?

(Minha sincera homenagem a Garota do Telhado, banda que deixa saudades entre nós)...

* Eu tbm odeio a porra da ONU

domingo, 22 de abril de 2007

enquanto isso no psicanalista...III

ela me deu um tiro pelas costas, mas foi também um tiro de misericórdia. fez mais bem que mal. mas por que será que não consigo conservar esse sorriso no rosto por mais tempo? uma amiga de um tempo distante (o que estará ela fazendo agora?) dizia que eu tinha um sorriso bonito. faz alguns anos. foi o último elogio que recebi sobre isso. será que isto diz muito sobre mim. espero que não sabendo que sim. o xadrez é um jogo de guerra, ediminho disse, dá-se a rainha para manter o reino. eu que não jogo esse jogo. prefiro os sem regras, aqueles que martelam o coração por anos sem piedade e que oferecem absolvição de pecados medonhos.

NAIR BELLO

Tudo que ela precisava era de uma vida...

(O Thiago falou que viu num blog, e que não podia levar o crédito da frase, então escrevo esse longo texto pra conceder direitos autorais a um desconhecido... que seja!!!)

sexta-feira, 20 de abril de 2007

merecimento ( o futebol pode ser bastante injusto)

jim morrison escreveu que todos os jogos contêm em si a idéia de morte. num dos mais simbólicos diálogos de "os imperdoáveis", o xerife-bandido gene hackman disse, uma espingarda apontada pros seus cornos: "eu não mereço isso." ao que o pistoleiro-mocinho clint eastwood retrucou, entre dentes: "isso nada tem a ver com merecimento." pou! se todos morremos, a morte não tem nada a ver com merecimento.
portanto, se concordamos com morrison, temos que admitir, a partir de eastwood, que nem todos os jogos contêm em si a idéia de justiça. basquete e vôlei, sim, contêm. neles, não falta emoção. ela, contudo, nasce da ansiedade em se definir logo qual melhor time em quadra. graças a suas próprias regras, que minimizam o peso dos erros dos atletas e da arbitragem, é certo que, ao ponto final, o melhor será reconhecido ganhador.
a vida não é assim, não é justa assim. talvez o futebol tenha se tornado o esporte popular que é porque não apenas admite como, a cada 90 ou 120 minutos, a cada cobrança de pênaltis, a cada cara ou coroa, flerta abertamente com a idéia de injustiça. corrijo então uma frase escrita há tempos, não me lembro qual exato contexto: não, o futebol não é maior que a vida; o futebol é do tamanho dela, é um decalque estilizado da própria vida.
da coluna semanal de arthur dapieve dessa sexta em "o globo".

Criação do acento

Um ano e meio que fostes embora
Pedras nos olhos
Cortes nas mãos

Enquanto o peito doía
Sonhei com valvulas de escape
Que me veio numa noite sem remédios
Perder-me...

Me perdi tanto
Que nem lembrava mais teu rosto
E só de vez em quando lembrava do meu
Poesia, bebida e sonhos
Um vazio de casas pra arrumar

Outro dia a vida bateu na porta
Sem dentes, cabelo pro alto
Demonstrando irradiante felicidade
Puxei pela memória: quando que deixei ela ficar assim??
E com uma pontinha de remorso lembrei de você

Acho que vou começar pelas gavetas...

quinta-feira, 19 de abril de 2007

rsrs

caeiro: você consegue dirigir assim cara?
fabio: tu quer me matar, filha da puta? não consigo nem andar...

Teoria da Conspiração ou Thiago paranóia contra o homem lanterna??

Caeiro: o presidente dos Estados Unidos tirou dinheiro do bolso pra patrocinar o filme "Sinais"... Esse filme é muito importante. Aí vc vai tentar ver de qualquer maneira alguma coisa que indique metaforicamente a política dos Estados Unidos com os outros países durante todo o século XX, um exemplo. Mas, acredite, se ele botou dinheiro do próprio bolso é uma questão muito maior do que essa...
Peka: Será que é a parada dos Et's?
Caeiro: Exatamente o que eu achava que era...
Peka: É porque a gente nunca vai achar que o assunto principal que era a mensagem importante, a gente acha que a mensagem é subliminar, mas não, ela tá escancarada, aí vc não acredita...
Caeiro: Os caras tão jogando em outra lógica, e ridicularizam o que é importante... Temos que atacar em outra lógica também...

O monólogo do caralho...

Fabio: Você nem me mostrou aquelas fotos daqueles caras peladão com as mulheres
Giga: Que porra é essa?
Caeiro: Aquela porra que tu queria ver também
Giga: Que porra é essa?
Peka: Clube das mulheres
Giga: que porra é essa?
Peka: Você não sabe porque não deu tempo de eu te mostrar as fotos...
Giga: que porra é essa?
Caeiro: Existe vida em marte
Giga: que porra é essa?
Caeiro: O mundo está a beira de um colapso
Giga: que porra é essa?
Caeiro: Um tsunami destruirá o Rio de Janeiro
Giga: que porra é essa?
Caeiro: Os saltos altos serão extintos do planeta
Giga: que porra é essa?
Caeiro: Descobriram que papai noel existe
Giga: Que porra é essa?
Caeiro: Pintaram o coelhinho vermelho de rosa...
Todos: Não, isso é normal...hahahahha
Caeiro: Pô... acabou a série do que porra é essa, nem tudo dura pra sempre...

Sabedoria Absurda - 1° Parte


"A palavra certa não seria trabalho, e sim modo de sobrevivencia"...

"eu conheço essa historia toda cara, so quero que vc fale essa maldita frase.."...
"pode se achar que essa verdade não é importante"...
"como viver agora sabendo o que você sabe e acreditando no que você acredita
essa é a resposta"..
"A experiência de morte que temos é falha"...
"O que pareceria um elogio do suicidio,na verdade é a reprovação total"...
"É só controlar alguns milhares de musculos"...
"O universo é a falha metáfora do atomo"...

quarta-feira, 18 de abril de 2007

boa noite cinderela

um centavo só por uma alma
uma orquídea por um desalento
uma abóbora por um detalhe
um silêncio por qualquer silêncio

uma cara ao menos por um tapa
uma rosa por algum espinho
uma vida só por uma noite
uma noite por algum carinho

o terror agora é minha fúria
e essa fúria agora é minha malandragem
o terror agora é minha carroça
tirando chinfra de carruagem

por favor, agora já é tarde
teu desejo agora é meu silêncio
eu só preciso de mais um pouco
pra me curar desse deserto

por favor, depressa já é cedo
teu silêncio agora é meu desejo
eu só queria cantar mais um pouco
só pra te ter mais um pouco
mais um pouco
um pouco mais
nessa noite escura



música do lobão. em "canções na noite escura".

vamos ver nessas contas quem afinal matou mais gente, deus ou satã?

Elas não serão totalmente precisas, pois serão drasticamente sub-faturadas, já que não se pode contabilizar quantos morreram no dilúvio, ou em Sodoma e Gomorra, e em outros incontáveis massacres.

por cristiano, do site http://oencosto.rv.cnt.br/sataxjeova.html .

terça-feira, 17 de abril de 2007

Um texto sei la?

Hoje teria acordado com aquele ar de que dia seria normal,
enfadonho,
como aqueles dias em que você pensa que não teria acordado ainda, sabe?
você fica com aquela sensação estranha no rosto.
O cigarro sempre me incomodou em certas horas
as vezes você tem a sensação de estar quebrado
desorganizado
enfim, hoje eu acordei bem...

círculo de giz.

-por que espalhei a poeira e descobri que gosto mais de você do que pensei ser capaz. E, além disso, descobri o por quê das flores de primavera oscilarem pelo sol.

júlio diante dum pelotão de fuzilamento à martha, que embora triste, não carregava lágrimas nos olhos claros mas todo o abismo que encerra a dignidade humana.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

canção possível da amizade.

ainda não sei o que o mundo faz a ele, ou o que ele faz ao mundo. esta é a canção possível da amizade. neste pilotão de fuzilamento dou-lhe aos mãos. não irá só. você não irá só. curiosamente aprendi mais com ele que o contrário. contrario a lógica das manhãs disperdiçadas. ele corre perigos desnecessários numa audaciosa busca pelos olhos do absurdo. estamos quase o desmascarando. canção possível. mãos dadas. ele falou sobre olhar com ternura desesperada a madeira que nos encerrará. sim, talvez seja isso.

eu, sala de estar.

era eu fora de foco. ela disse-me: "a roleta russa não vai mais te acertar". brindamos ao que importava: "ao que dispensa cuidado". seu sorriso é o culpado, ela sempre sorria. eu procurava anestesia, nunca suficiente. fora de foco para a vizinha na janela. fumava meus cigarros, bebia e falava sozinho. motivo de risadas distantes. ela, que nunca soube o que dizer pra mim, sorria. poeira pelos cantos da sala.

sábado, 14 de abril de 2007

EM OBRAS

pessoal to fazendo alterações no blog, quem quiser da uma dica ou colaborar e só comentar ESSE POST OK?

sexta-feira, 13 de abril de 2007

eu tenho uma camiseta escrita...

Ediminho- fiz uma camiseta escrito: "PRENDA-ME. Egoísta. Mesquinho. Metiroso. etc".
Thiago- e tu, já usou?
Ediminho- não. tenho medo que me prendam mesmo.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Expectativas sem cor...

Essas letras que latejam...
Quase que imploram pra manchar,
(Mesmo que sem motivos)
numa hecatombe de cores
o fundo branco e sem graça do caderno.
Letras indignas da felicidade que promovem!!!

O latejar das letras

Senti inveja dos trovadores medievais
Que de origem humilde, ascendiam posições da nobreza pelo seu talento da escrita
Comovendo a corte com suas poesias de amor...
Escrevi, escrevi, querendo me igualar a esses homens
Mas, sabia que tanto esforço era vão.
Das minhas letras só saiam escárnio e maldizer
Desfigurava-se minha mais estranha expectativa...
As linhas da vida empedraram as poesias de amor
As multidões a rejeitavam com desprezo
Derretiam em linhas grossas de papel amarelo.
Aquela inveja escondia no peito
A vontade oculta de poder cantar em lindas trovas
O céu vermelho de um fim de tarde sem nuvens...

"Você me pede
Pra ser mais moderno
Que culpa que eu tenho
É só você que eu quero

Às vezes eu amo

E construo castelos
Às vezes eu amo tanto
Que tiro férias
E embarco num tour pro inferno

Será que eu sou medieval?

Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média

Eu acredito nas besteiras

Que eu leio no jornal
Eu acredito no meu lado
Português, sentimental
Eu acredito em paixão e moinhos lindos
Mas a minha vida sempre brinca comigo
De porre em porre, vai me desmentindo"

(Medieval - Cazuza)

Kamikases

O Ines, que se afirma tolamente como a referência na educação de surdos, me faz crer que, se eu fosse oriental, certamente seria uma mulher-bomba a estilhaçar um belo rosto loiro.

chove em nada.

chove e escuto os barulhos de trem de outrora.
aqueles trilhos que conhecia como poucos
rangendo bem pequeno e grave como se se desculpando em vir
doce lembrança
doce presságio
ainda havia barulho inocente, sem fogo fátuo de dias importantes por vir
só chove, e só escuto por que só chove nesse começo de outono
e eu já não vejo importância em nada.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Dia-Logos I

- Pra onde você vai?
- Não sei
- Então vem comigo que você ta indo bem
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sábado, 7 de abril de 2007

andando pela cidade

andando pela cidade procurando sentido, olho para cima, para onde meus cigarros teimavam em apontar e eu me senti em outro lugar. a culpa de repente era minha por não ter sido melhor, mas ser melhor é sempre uma desculpa para ser pior quando necessário. será que você algum dia vai entender o que digo? e seus braços em volta do mundo não me carregavam a lugar nenhum, era sua generosidade, ela te levaria a nova Iorque, ou a qualquer amor que quisesse. minhas palavras ruins, segundo você, me faziam parecer um cocainômano. eu falava dane-se. sei o que faço. seus lábios sem graça fizeram-me mudar de idéia vezes suficientes e o fluxo de pensamentos sempre foi lento contigo. ela passou, parecia outono, meus pés doíam e meus braços cruzados diziam: pobre garota, nunca vai reconhecer. ao chorar no local impróprio eu dizia: pobre garota, nunca vai reconhecer. pensei mesmo que talvez a culpa fosse minha por não ter tentado ser melhor, mas agora tu já sabes o que penso a respeito disso.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

caeiro vs cotidiano.

pego a coca no balcão. a velha por detrás olha com desconfiança. "é que é a primeira vez que tu pede coca, seu caeiro, desculpe". dei um riso sincero como a muito não dava. "remédios, dona clara, remédios...". sento e inicio meu ritual particular; cigarros, copo (de coca, agora) e escrevo. dona clara me acha estranho. todos acham. não me sinto confortável com isso. as carcaças ambulantes escutam música alta, hoje isso me incomoda. meu bar preferido está cheio e eu estou vazio.
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chego em casa, debruço-me na janela e penso em qual seria o lugar que tu vais quando estás só, quando estás triste, quando as estrelas parecem cair. era lá que eu queria estar.
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prendo meu cabelo num rabo de cavalo desajeitado, estou de saída de novo. dizer oi a mais alguns desconhecidos.

Medicina atordoativa de novos milenios

Tinha andado todo torpor
Com as mentiras relevantes do dia a dia
Chorava as verdades em ouvidos maldosos
e ainda sim acreditava nas pessoas
talvez por ser assim
Só por ser assim
ou por se dever demais
Em querer se beber do que é viver
Em querer se beber do que é aprender
"Ainda irei me machucar" - Pensa
va as vezes
Mas mesmo assim caminhava
e olhava com desespero as paixões ausentes
Por assim ser, talvez
Por assim dever

quinta-feira, 5 de abril de 2007

garota ninguém

ela chorava vidros picados. não posso dizer que não era bela. mas a primavera ao seu lado era destrutiva. acho que sou um tolo por tê-la dado meu coração. agora piso este tapete de outono pensando que talvez nunca a tenha conhecido. ela é uma garota ninguém, com um coração sem dono, nunca vi nada tão perigoso em minha vida. eu não conheço ninguém de muitas maneiras, nem conheço você enquanto esta chuva que só tu vês cai. quando as pessoas vêm e vão, neste trem descontrolado, eu rolo pelo chão com dores crônicas.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

como desaparecer completamente...

então era isso: o que parecia perdido era irresgatável. ok, próxima charada. já que parece um jogo, exijo que as regras estejam claras. podemos partir quando quisermos, e eu, na verdade, nem acredito que não tenhas essa pulsão em ti. isso deve ser algum tipo de patologia não diagnosticável. já que não olhas no olho, ao menos te apresentes, é uma indelicadeza que não te tornes real. isto não pode estar acontecendo comigo.

terça-feira, 3 de abril de 2007

estrambote melancólico

tenho saudade de mim mesmo,
saudade sob aparência de remorso,
de tanto que não fui, a sós, a esmo,
e de minha alta ausência em meu redor,
tenho horror, tenho pena de mim mesmo
e tenho muitos outros sentimentos
violentos. mas se esquivam no inventário,
e meu amor é triste como é vário,
e sendo vário é um só. tenho carinho
por toda perda minha na corrente
que de mortos a vivos me carreia
e a mortos restitui o que era deles
mas em mim se guardava. a estrela d'alva
penetra longamente seu espinho

(e cinco espinhos são) na minha mão


drummond

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Sobre SNOOPY


totens

ela exigia a existência de conflitos. sabia exatamente o que queria. tormenta ou calmaria, não importa, era a obstinação das remadas o que a confortava. eu não me confortava a mim mesmo e todas as tentativas resultavam em desastres. havia dor no sorriso, monstros nos pântanos e atuduras nas mãos. já gasto, percorria infernos de incertezas para poupar as terríveis marteladas do relógio. os troféus de honra ao mérito enchiam um lugar inteiro e já se transformavam em totens, insígnias familiares.

Meu dia...

Acordo, sorrio, canto uma música ou várias, choro, fico entediada, decepciono-me, faço coisas que não quero, erro, pouco acerto, disparo o coração, falo, me arrependo, sorrio mais um pouco, durmo, não sonho, esqueço, acordo e tudo de novo, como se nada tivesse acontecido, como se nada tivesse aprendido...
Acordo, sorrio, canto uma música ou várias (...)

Sobre metades e sentido

Cada semana as novidades eram muitas
Os acontecimentos, sensações, pensamentos transbordavam
E porque não dizer, também as ações...
Inconsequentes, muitas delas, mas que vinham do fundo da sua alma
Sentida a cada disparo do coração.
Então, porque não sentia tudo mudar?
Porque ao olhar de cima, como que saindo do seu corpo,
via a mesma apática pessoa?
De onde surgia aquele constrangimento de se olhar no espelho?
Desconforto vil, estúpido até...
pois, tinha a plena noção que ainda era o ínicio da sua vida
E que seus erros foram mínimos
Diante das nuvens que se formam logo alí...

domingo, 1 de abril de 2007

Peculiaridades de quem pensa na nossa língua-mãe!

Aceitar a saudade é privilégio exclusivo de quem fala língua portuguesa.

comemoremos... março se foi com sua escolta de tragédias tolas e mesquinhas e outras tolices mais que sou capaz de dizer e fazer...

ufa!

confusão mental

definitivamente eu não me entendo...
queria uma piscina e ficar nadando a quarta-feira inteira, dia que não trabalho, mas ao mesmo tempo, não conseguiria abandonar os cigarros. queria mesmo fumar dentro da piscina.
queria mesmo ter mais tempo, mesmo não sabendo o que fazer com ele.
tô completamente apaixonado por fito paez, já ta parecendo aquele amigo no segundo tempo de uma bebedeira.
vi três filmes neste findi:
cheiro do ralo (muito bom pra caralho à beça) 300 de esparta (frank miller, preciso dizer mais alguma coisa?) e um outro que acabou de passar no supercine...acho que é a rua do pecado, alguma coisa assim.... muito bom.
gastei os últimos trocados que me restavam no cinema, que cada dia ta mais caro. to fudido pra completar o mês. que se foda, não gosto de março mesmo.
curiosamente (sim, até pra mim) gostei mais do que passou no supercine...vai entender...
frases bacanas dos filmes:
cheiro do ralo: "mulher é tudo igual, se tu bobeia, os convites vão pra gráfica".
300: "aproveitem o desjejum, comam bastante, pois esta noite jantaremos no inferno".
rua do pecado(ou algo que o valha): "-como tá a confusão mental?
-ta bem. ainda to conseguindo me relacionar com os outros"
chego em casa, não consigo dormir e, gênio, faço um lanchinho. brigadeiro e coca-cola. eu me mereço.
tão de sacanagem comigo. a tv é uma merda. quando não consigo mais ler e ficar na frente do pc, vou ver se acho algum programa sobre futebol. achei. mas muito, muito ruim.
crise renal na sexta. saí correndo da sala, os guris me perguntando se eu não ia jogar bola com eles na saída. respondí-lhes: "tem uma pedra no meio do caminho". entenderam porra nenhuma.
ligo pro giga: "cara, liga a tv, placebo tá tocando no altas horas". "eu sei, to vendo". a humanidade se restabelece e o giga nunca vai saber do que é capaz.

300

Acho que cheguei a uma conclusão de pois de ver 300:
o pior xingamento é o que tira nossa liberdade!