quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Funeral Blues

Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come

Let airplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message She Is Dead
Put crêpe bows around the white necks of public doves
Let the traffic policemen wear black cotton gloves

She was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last for ever: I was wrong.

The stars are not wanted now; put out everyone,
Pack back the moon and dismantle the sun
Pour away the ocean and sweep up the wood;
For nothing can ever come to any good.

W.H. Auden (1907-1973)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A menina dos olhos de mel

Você cortava pedacinhos de plasticos com desenhos bonitos e tentava vender
Roubava dinheiro, mas só o bastante pra não fazer mal a ninguém
Você gostava de colocar a culpa em mim, de contar mentiras para mim...
Tudo tão inocente...
Não sei como eu cria naqueles olhos doces que sempre estava comigo pra me guiar pelos caminhos maus
Que as vezes tentava salvar uma planta e dava veneno a uma criança
Demasiado inocente...
Ainda te guardo comigo... Sempre!

Mensagem pra não deixar morrer (o blog)

Fito com atenção, olhos parados, quase melancólicos, um dos motivos que nos unia
Aquela motivação de manter tudo bonito sumindo pouco a pouco
Posso ver a cada dia...
Posso ver o silêncio em suas linhas...
Eu até que me esforço pra tentar reacender meus desejos antigos, as risadas e sentimentos compartilhados quase todos os dias
Talvez vocês consigam sentir daí o desgaste
Pelo teor das letras
Pelo carinho que sentem por mim
A dificuldade com que estas correm pelo papel
Me torno exata e quem sabe até um pouco pessimista...

domingo, 20 de janeiro de 2008

com licença, senhor...

estas é para (clichêzão, desculpem) os políticos em geral, mas os do executivo em particular...e também ao nosso adorável presidente menos pior que os outros (que parâmetro...)
bem, a letra é do ben harper, um dos 10 músicos mais fodas de nossa geração...


Com licença, senhor, você tem horas?
Ou você é tão importante que elas esperam por você?
Com licença, senhor, você pode me emprestar seus ouvidos?
Ou você não é só cego, mas também não ouve?
Com licença, senhor, mas não é seu o óleo no mar?
E a poluição no ar, senhor, de quem mais poderia ser?

Então com licença, senhor, mas eu sou um senhor também
E você está dando um mal significado ao nome senhor, senhor como
você
Então estou tirando o senhor da frente do seu nome
Por que é o senhor como você que deixa o resto de nós na vergonha
É o senhor como você que deixa o resto de nós na vergonha

E eu, eu já vi o bastante
Vi o bastante pra saber,
Que eu vi muita coisa

Com licença, senhor, você não pode ver as crianças morrendo?
Você disse que pode ajudá-las, senhor, você nunca tentou
Com licença, senhor, você não deu uma olhada ao seu redor?
Oh senhor, olhe pra cima e verá, você verá se aproximando


Veja bem, senhor, porque quando você estiver batendo na porta do céu
Então será tarde
Porque, senhor, quando você entra lá eles não perguntam, eles não perguntam
O que você guardou
Tudo o que importa, senhor, é o que você deu

Então com licença, senhor, mas eu sou um senhor também
E você está dando um mal significado ao nome senhor, senhor como você
Então estou tirando o senhor da frente do seu nome
Por que é o senhor como você que deixa o resto de nós na vergonha
É o senhor como você que deixa o resto de nós na vergonha

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Quarta-feira

Aparato digital indispensável, o mp3 fica ligado durante toda a viagem. Em qualquer ônibus que entro, não sou o único, cada um com seu aparelhinho ligado escutando suas músicas. Já que a rotina é inevitável, que ao menos seja mais agradável.

Mas naquele dia foi um pouco diferente. Saio do ônibus na porta da escola de samba. O ensaio da bateria rolava solto, e com os portões abertos, algumas pessoas observavam. Páro para ouvir, e me lembro que tocar numa bateria dessas é um dos meus sonhos não realizados.

Só que esqueci o mp3 ligado...pensei em desliga-lo, mas fiquei quieto prestando atenção nas coisas...e percebi que eu estava ouvindo "Given to fly", do Pearl Jam, junto de uma bateria de escola de samba! Cara, fiquei completamente arrepiado, foi incrívelmente mágico, pois estava perfeitamente sincronizado... o refrão ficou louco, foda demais...putz!

Depois de alguns minutos, vou-me embora...surpreso e no mínimo contente.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

a catarse um. ou das efêmeras inspirações.

frio nos campos de trigo
luva de coração

casa dos cinco
prematuridade
tarde

fotocópia do amor
sem technicolor
hollywoodsman.


daqui

blog da ana, parada indispensável na procura por beleza.

sábado, 12 de janeiro de 2008

tarde chapada.

Deparados com toda a estranha complexidade da cidade, momentâneas frações de sanidade no meio da imundície, Admitimos a face grotesca da peculiaridade humana. Nós, os assumidos do assombro, os viciados de várias espécies, os guardiões do espiritismo de porco.Toinho vira-se para mim, instantes antes do que eu chamo de ato evolutivo voluntário, e diz meio sério meio brincando:

-a falta de sentido disso não tem o menor sentido.

Eu simultaneamente sinto uma peça cerebral se encaixando (...ou se estancando...dá no mesmo). Todas as minhas aulas de ciência política viraram papeis devidamente guardados em pastas devidamente organizadas devidamente esquecidas de baixo da cama.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Thoughts arrive like butterflies...

Acordo hoje depois de um sonho daqueles que certamente ficará na minha mente o dia inteiro. Estranho, mas isso acontece comigo direto. Às vezes é um sonho bom, outras vezes ruim. Mas sempre fica na minha mente.

Quando é somente um dia, é fácil. Complicado é quando o mesmo sonho/tema fica durante dois ou três dias, e não raramente uma semana. Coisas como sexo, amor, brigas, morte...enfim, seja lá o que for.

Parece que dentro de mim há uma outra pessoa, dividindo meus pensamentos, e esse é a maneira que ela encontra de me falar algo, mostrar como seriam as coisas se eu fisesse isso ou aquilo, e às vezes parece que rola um tipo de incentivo...faça isso, faça aquilo...

Dias assim demoram pra passar, e fico irritado facilmente. Cara, são meus próprios pensamentos, como podem tentar me contrariar? Não entendo, já tentei (me?) entender e nada...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

my favorite things

os discos de thelonious monk, a poesia de pessoa, os romances de virginia woolf e clarisse linspector, os gibis de grant morrison, frank miller e frédéric boilet, os filmes de júlio meden, as idéias de camus.