O Limiar
Quando alguém lhe perguntou o que havia acontecido, simplesmente não sabia...
Seu estado de extase e despreparo, mostrava que ela tinha estado no mundo da fantasia e quando se vai pra lá, é difícil querer voltar, e se faz inevitável chorar quando se percebe a realidade.
Os olhos ainda encharcados iam clareando o exterior aos poucos, e tudo era tão branco, tão nitido, como ela jamais tinha visto. O branco era uma cor que não gostava.
Recobrando a consciência torta, proferiu palavras que nunca iria cumprir, a fraqueza foi seu único dom...
Como que num movimento transcendente, saiu do caminho dos que queriam dançar.
E todos os presentes se lembrariam daquele dia, não pela pena que sentiram daquele olhar, mas apenas porque ver a humilhação tão de perto causou repugnância...
Afinal, ela não respeitou uma das regras sociais básicas: existem lugares para tudo nessa vida, inclusive para a desolação. E aquilo era uma festa e não um velório...
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
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2 comentários:
pqp... esse é simplismente o melhor post desta bagaça. extremamente bom.
Thiago, seu elogio me emociona, porque admiro-te!!!
obrigado pelo comentário, Beijos...
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