domingo, 26 de novembro de 2006

Desabafo...

Que mania estupida será essa de nunca me arrepender das coisas,
De nunca doer o coração por algo que fiz?
De não pensar nos outros, só em mim?
De querer tudo ao mesmo tempo, insana, doente.
Por quantas vezes me vi sozinha, acompanhada?
Porque será que vejo tantos rostos ao mesmo tempo, tanto desejo?
É... o desabafo...
arte de todos e promessa de quem ama....
Quanto arrepiar ainda terei que sentir na espinha
até que meu coração se aquiete?
Pensa em mim um pouco, pensa em como esse dia é dificil
E não me deixa desabar...
Segura na minha mão
Tentei não pedir desculpas depois que ela foi exigida...
E sei que vc também não queria isso...
mas é que agora se faz tão necessário
Agora, eu quero muito ser frágil
Deixei a sensibilidade entrar e nem sei que ventos a trouxeram
Então, não se perca no caminho
vem que eu preciso chorar...

"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente."
(Vinicius de Moraes)

Um comentário:

Anônimo disse...

Não sei se é a mão ideal, nem sei se é a que você queria, mas minha mão sempre estará estendida para vc segurar :-)
Beijinho!