isadora é nova, carrega no peito dores de outrora. encontrei-a pela primeira vez num passeio público, a distorcer realidades e encantar tragédias.
longos abraços de isadora, braços de ternura insuspeita, de apocalipses que nunca aconteceriam. ah, isadora, quantas rainhas destronadoas não fostes para mim? tu nem suspeitas o carinho incontido que carrego nesse peito amargo, o otimismo que nega minha inteligência sempre que procuro as razões de teu bem querer. minhas rimas imprecisas que estampam meu mal estar e que cantam tua beleza. ah, isadora, não te vás assim, tão pequena, que muito mais anárquico que bakunim são os sentimentos, não se pode galopa-los. não renegue teu colo febril à minha têmpora macia mas tensa. que daqui a mil anos seremos todos inúteis como agora, e de tábua de salvação eu abro mão de meu quinhão.
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
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