segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

janeiro é o mais cruel dos meses (ou: sobre o que não se pode falar...)

o páreo é duro... fevereiro tem carnaval e... tipo: eu odeio carnaval. pra citar torquato neto: "carnaval, caranaval, eu fico triste quando chega o carnaval".
março, bem, sobre março é melhor nem falar...
abril também é foda, sério!, tenho motivos para achar abril foda.
mas, a intenção não é ficar falando sobre os meses... queria dizer e já disse: janeiro é o mais cruel dos meses...
e isso me leva a outra coisa que queria dizer... é sobre ludwig wittgenstien, filósofo austríaco, que tentei ler por esses dias...não me repreedam, mas não entendi quase nada.
não que isso seja novidade, sabe? mas uma frase dele está me martelando e acho que é a (santa pretensão) chave de sua filosofia... bem, se não for, pra mim agora é(rsrs).
"sobre o que não se pode falar, deve-se calar", tem uma verdade assombrosa nessa frase, à parte da filosofia...
"se raros são os interlocutores perfeitos, então vivemos numa guerra de linguagem", essa frase foi dita por uma professora que venero e me veio a cabeça quando saí da sessão de cinema... "babel": o filme.
sei que estou cometendo idiossincracia, seja lá o que isso realmente for (rsrs), mas
talvez seja exatamente sobre isso que estou falando: nunca, independente da forma, do
conteúdo, da verborragia, nunca vamos nos entender de verdade... nunca vão perceber o que realmente queríamos falar... seria um blog um local conveniente à essas reflexões?

Um comentário:

peka disse...

Tenho meus motivos pra não gostar do novembro, mesmo assim já pensei em como um dia vou poder viver algo bom nesse mês, para assim, substituir as lembranças que o circundam... Bem, não é o mês que define nossa felicidade ou tristeza, nem mesmo os dias... Datas comemorativas ou de pesames para nada prestam, porque podemos ser felizes ou sofrer em quaisquer tempo. Quanto ao falar... preferiria calar, mas não é da minha índole... Ninguém entende os motivos, só fingem que entendem e as vezes nem isso... nossas bocas são metade honestas e metade falsárias com nós mesmos... os ouvidos de outrem, não respeitam as normas de nossa conduta, nos julgam... Nunca nos entendem de verdade. Mas, ainda assim, há um certo alivio no ato de dividir experiências e fardos, no ato de falar... Espero que este não me decepcione mais, e que a verborragia continue me acompanhando com momentos ilicitos de prazer!!!