O latejar das letras
Senti inveja dos trovadores medievais
Que de origem humilde, ascendiam posições da nobreza pelo seu talento da escrita
Comovendo a corte com suas poesias de amor...
Escrevi, escrevi, querendo me igualar a esses homens
Mas, sabia que tanto esforço era vão.
Das minhas letras só saiam escárnio e maldizer
Desfigurava-se minha mais estranha expectativa...
As linhas da vida empedraram as poesias de amor
As multidões a rejeitavam com desprezo
Derretiam em linhas grossas de papel amarelo.
Aquela inveja escondia no peito
A vontade oculta de poder cantar em lindas trovas
O céu vermelho de um fim de tarde sem nuvens...
"Você me pede
Pra ser mais moderno
Que culpa que eu tenho
É só você que eu quero
Às vezes eu amo
E construo castelos
Às vezes eu amo tanto
Que tiro férias
E embarco num tour pro inferno
Será que eu sou medieval?
Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média
Eu acredito nas besteiras
Que eu leio no jornal
Eu acredito no meu lado
Português, sentimental
Eu acredito em paixão e moinhos lindos
Mas a minha vida sempre brinca comigo
De porre em porre, vai me desmentindo"
(Medieval - Cazuza)
3 comentários:
o mundo anda estranho mesmo, é mais facil amar a violência , o que da mais ibope e midia, do que pensar em coisas românticas...
muito bom sua poesia contrastada com a de cazuza.
Eu já te disse que desprezo o Cazuza?
Agora vc me irritou, finalmente conseguiu seu objetivo... Seu chato, feio e bobo!!!
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