Criação do acento
Um ano e meio que fostes embora
Pedras nos olhos
Cortes nas mãos
Enquanto o peito doía
Sonhei com valvulas de escape
Que me veio numa noite sem remédios
Perder-me...
Me perdi tanto
Que nem lembrava mais teu rosto
E só de vez em quando lembrava do meu
Poesia, bebida e sonhos
Um vazio de casas pra arrumar
Outro dia a vida bateu na porta
Sem dentes, cabelo pro alto
Demonstrando irradiante felicidade
Puxei pela memória: quando que deixei ela ficar assim??
E com uma pontinha de remorso lembrei de você
Acho que vou começar pelas gavetas...
2 comentários:
De que adianta revirar as gavetas se o que você quer expurgar está em si? Não há meias sujas na sua alma.
ah sim, arrumar as gavetas imaginarárias que guardam cada ano que passou, reordenar o caos. aspirador de pó pra sujeiras que deixam (os outros e nós mesmo) na alma. quando aprender, por favor, me ensine.
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