terça-feira, 22 de maio de 2007

Da convivência com o que nos machuca diariamente

A unha encravada é parente do amor cotidiano. Lembra nossas imperfeições, com uma dor fina e contínua, que impele ao estranho prazer de expurgá-la com um pau de laranjeira, um lápis, uma agulha ou tampa de caneta. A contundência da unha age como um castigo de infância que para sempre nos deixa consciente da finitude, de que tudo morre. É bobagem lutar contra isso? Melhor talvez seja tornar nossa unha uma amiga chata, dessas que faz a questão de atirar a lama em nosso rosto, justamente depois de termos feito uma limpeza de pele. As pessoas que amamos não nos lançam a tóneis de lama todos os dias ? Conviver com a dor tão companheira do nosso dedão, a ponto de lhe ser inerente, certamente é mais ajuizado.

7 comentários:

Vinicius Buscacio disse...

É impossível amar e ser feliz ao mesmo tempo??

Athena disse...

Falei de infelicidade em algum momento?

Athena disse...

Levei um tempão planejando este texto e não saiu como eu queria, mas dá pra ter noção do que quis dizer.

Anônimo disse...

sera que realmente precizamos dessa dor diária para termos juizo?
para lembrar que ainda existimos?

sera que depois de acordar com os ossos ruidos devemos servir a propria custela aos cães?

ao menos se for para laça-los com coleiras de metal!

Anônimo disse...

de onde viemos?
para onde vamos?
existe vida apos a morte?
kurt cobain se suicidou?

leia a obra de allam kardek

Athena disse...

Anônimo:
Você caga todo dia? Se você caga e já teve uma unha encravada, pode entender o que diz o texto, senão ...

Anônimo disse...

aahuauhuhuha...
to rindo do pau de laranjeira ate agora...
palavra engraçada