segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

enquanto isso no psicanalista...II

sabe...é bem diferente do que sempre digo, ela vem de mansinho, e tão poucos sabem,
de repente, estou postado, entregue, inerte... um tipo de dor que anestesia, a
coisa funciona mesmo assim... drumond perguntava: "que dor se sabe dor e dura?".
pois bem, a coisa é mais ou menos assim. nem sei se realmente me importo, sei que,
ao contrário do que digo, ela continua aqui. muitas vezes mesmo me indicando o que
fazer. sempre de tardinha, aquela hora bonita por morarmos aqui, quando deveria
mesmo esboçar um sorriso despreocupado, por trás da máscara tem um olhar espantoso
de interrogação... pergunta imprecisa. por que é que simplesmente não toco no
coração imprevisto do medo e pergunto o seu nome... é uma indelicadeza que não se
apresentes. já nem exijo olhar nos olhos, me conformaria com seu nome e idade.

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