sábado, 28 de julho de 2007

trópico de capricórnio ao leste do equador

faz calor, mas eu rio. era assim: a morte se aproximava pelo sul e eu sorria. olha o passarinho! nem ligo. era tarde, e nem era eu que dizia: é tarde. amanha acordo cedo, mas foda-se. era eu esperando por ela. era realmente tarde, eu admitia. e botava vírgulas onde não devia. mas eu posso tudo, pelo menos em meus sonhos despertos. nem tinha relógios, logo eu, a olhar pelos ponteiros. falava "foda-se" e abanava os braços. ela queria mais uma foto a revelar a embriagues e o aflorar da libido. era seu jogo, que se foda, já estava vendido de antemão. nem fabricava artefatos perigosos naquele samba atravessado. na mão não tinha mais que um carinho. ela estranhou que logo eu, sarcástico e cáustico por natureza e auto-defesa, me apaziguasse e dissesse o que realmente queria. era o álcool à rolar por essas veias que dizia as verdades que eu escondia: estou feliz de novo. e não te devo nada. não devo nada à ninguém. meu sono bate e eu faço o necessário para não ceder. só eu sei o que passei.

2 comentários:

peka disse...

Sei o que te deu inspiração pra falar de fotos... sei!!! sempre feliz, meu bem... vamos viver e morrer com os sorrisos nos lábios, e algumas pedras nas mãos...

Anônimo disse...

bom, muy bom. Cara eu quase nuca comento seus texto pq ficaria sem graca de sempre escrever "muito foda"ou muito bom"...mas de sempre os leios..meu caro Marx...rs