domingo, 8 de julho de 2007

Quando deixamos de viver a razão para morrer no absurdo?

Uma figura não religiosa envolvia deuses com um canto sereno. E Sophia sorriu...
Não bastasse estar alegre pelo que existia, podia agora sorrir também pelo que não existe.
E o que não existe é mais infinito.
Pensou que estava em transe, quando percebeu que o seu gozo tinha objetivo real.
Seria tão errado compreender cada detalhe de sua loucura? Onde está a liberdade para a loucura nesse mundo?
Seus atos insanos eram todos premeditados e extremamente rigidos.
E ela sorria de novo...
Sophia tão bela...
Julgava ser errado o absurdo consentido, o irracional fingido...
E mesmo assim não conseguia deixar de sorrir...

4 comentários:

caeiro disse...

o que não existe é mais infinito...me puseste para pensar demais sobre isso...coisas por demais sérias.

Vinicius Buscacio disse...

"Julgava ser errado o absurdo consentido, o irracional fingido...
E mesmo assim não conseguia deixar de sorrir..."

Tenho pensado tanto nisso...alguns são loucos sem vergonha, outros irracionais absorvidos.

Vinicius Buscacio disse...

De onde você tirou esse título? Que foda hein...

peka disse...

"Ontem eu estava tomando café e ouvi a empregada na área de serviço a pendurar roupa na corda e a cantar uma melodia sem palavras. Espécie de cantilena extremamente plangente. Perguntei-lhe de quem era a canção, e ela respondeu: é bobagem minha mesmo, não é de ninguém.
Sim, o que te escrevo não é de ninguém. E essa liberdade de ninguém é muito perigosa. É como o infinito que tem cor de ar"
(Clarice Lispector)
É vinicius, o que escrevo não é de ninguém, mas tem musa inspiradora... Clarice Lispector...