terça-feira, 3 de julho de 2007

é estranho

é estranho se reconhecer nas palavras de outrem.
é estranho se reconhecer...
mas lá vai...minha falta de jeito seria grave se eu não tentasse tanto ser eu mesmo.
pelo menos agora já sei por onde começar.

o texto abaixo é de uma bloger chamada mariele goes, uma das minhas três preferidas.
não pedi licença de postar, espero, que se ela ver, me desculpe.

te assusto,
aumento o abismo
eu,
meu ego esmagando seu estomago.
como um soco, oco,um bombardeio silencioso
uma foto vulgar em preto e branco.
como o ultimo gole da garrafa.
por você tenho bebido tanto sangue,
que começo a duvidar da minha sanidade.

mas mantenho as mãos estendidas
um sorriso estranho no rosto
me siga, me siga, me siga.
na hora de ser me confundo,
me misturo ao meu lirismo
eu, eu - lírico.

estou decaindo,
me sinto doente,
os músculos fracos de tanto pensar
de tanto buscar uma saída, e as portas sempre fechadas
e as portas sempre tão mortas,
malditas portas.

durante todo esse tempo em que estive perdida
aprendi ao menos a me ver de fora,
e agora eu sei mais que nunca tudo que tenho que fazer para ser
ser… melhor.
e me negar,
me negar.

se eu pudesse
abriria todas as minhas veias
me livraria te todas essas dívidas
que sou obrigada a carregar no sangue.

dentro de mim tem pedaços de todos
de todos os olhares tortos
censuras, mentiras, maldades
dentro de mim cabem todas as mágoas
mas existe buraco enorme
é a falta de seus olhares que mais me dói.

(posso conviver com tudo, menos com isso.)
posso conviver até comigo.


blog dela: http://naselva.com/mariele/
vai lá, vale a pena.

2 comentários:

Vinicius Buscacio disse...

muito forte, e bonito...

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"mas mantenho as mãos estendidas
um sorriso estranho no rosto
me siga, me siga, me siga."

o que explicaria isso? o que nos leva pra frente em alguns momentos?

será que existe algo a ser entendido nesse sentido? já conversamos sobre isso, e talvez nem o absurdo explique...

Mariele Góes disse...

Opa, eu li isso.
E não desculpo não, porque não tem o que ser desculpado.
É bom saber que me escutam.