Trindade
O primeiro dia de mais um pós-Trindade revelou-se diferente logo nos primeiros raios de sol que decidiram me acordar. Sorrisos fáceis e pensamentos tranqüilos insistiam em me acompanhar, mesmo nas coisas mais burocráticas. A sensação era de que, mais uma vez, eu mudara.
O mar me surpreendeu com suas notas, e percebi o óbvio, que apesar das ondas confusas quebrando na praia, podia-se ver no horizonte uma tranqüilidade enorme, infinita em meu olhar. O céu, eterno objeto de desejo em meu cotidiano, mais uma vez cumpria seu papel, com o Cruzeiro iluminando pensamentos e meteoritos alimentando sonhos absurdos. E desta vez outros também viram as estrelas cadentes...
A esfera de nenhum compromisso, nenhum dilema, das escolhas fáceis e óbvias é o que mais me agrada. Na primeira vez que fomos lá foi incrível, me senti o maior dos vagabundos, completamente despreocupado com tudo. Desta vez, tivemos mais decisões a tomar, como: ir pra praia às 8 ou às 10h?
Segunda-feira, tudo começa. Carros, sons desagradáveis, notícias sensacionalistas, religião, novela e fofoca. Jogos patéticos em que me envolvo, atitudes falsas a cumprir. Erros infantis de minha parte, como a cereja do bolo. Um foda-se imaginário bastaria, mas hoje nem disso preciso mais. Só quero as lembranças, do céu e do mar.
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Aos amigos, deixo um agradecimento pela companhia, pelo café, pelas piadas, pelo cantar, pelo convite e tudo mais.
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