não estava certo se aconteceria
Não sabia o que dizer se por acaso voltasse. Não poderia supor um comportamento que fosse adiante disso que imaginava. Como se todos os tempos fossem se juntar de alguma maneira; a confusão seria correta. Não quer dizer com isso que esteja sendo ruim num passado possível, mas era pra ser muito mais. No entanto, estou eu aqui, e não consigo dizer nada diferente do que imaginava. Como a reprise repetitiva de um filme muito ruim. Mais nada, sei que também tinha seus motivos: todos têm suas próprias razões. Mas não queria estar, hoje, nesse ontem imaginado. Uma parte antiqüíssima que se quer por perto por fazer tão pouco sentido. Nem viola, nem desperta, nem respira, nem congela. E você me matou sem saber e essa devia ser a última coisa a te dizer hoje e, no entanto, estou te dizendo nesse jazz ruim. Minha querida, minha saída mentirosa numa rua de contra-mão. Não estou te dizendo nada disso à toa, nem pra machucar, mas é uma parte muito grande de mim que me obriga a dizer isso: não sou mais o mesmo, e mesmo, pior. Não há parte de mim que traga cura para coisa alguma, quer o que seja. Não tem parte de mim dormindo tranqüila há muito tempo. Mas se estou aqui, cometendo esse suicídio pra ti; como podes suspeitar da minha intenção? Do meu peito intranqüilo? Desse nó que me impede e atravessa? Não era amor que me segurava, não era uma noite brigando aqui, e uma madrugada implorando lá que me tiraria de dentro esse imbatível batido. Nem sabia mais se dentro ou fora.
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