sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

"Veio até mim,
Quem deixou me olhar assim?
Nem pediu minha permissão
Não pude evitar, tirou meu ar, fiquei sem chão"
Era tudo tão facil, você pegou minhas mãos e eu aceitei
Os dias foram correndo, rápidos demais
E eu não tinha tempo, nem pra pensar se era certo ou errado
Sabia que estava feliz
A sua confiança trazia ao meu coração fins de disritmia
E sonhos pro futuro.
Porém, a ingrata cismava em voltar
Essa mania de nostalgia que sempre me atrapalha
Apesar de achar que meus olhos ficam mais bonitos assim, naturalmente umidificados.
Não consegui encarar a felicidade como algo cotidiano
Tive necessidade de expor meus sentimentos em poesia, o que não te agradava...
Acredite em mim, meus sentimentos também não me agradam,
Porque eles são muito inconstantes, como numa roleta russa
Estão entre o passado e o futuro, o que já foi e o que será
Tudo sempre depende do disparo e do alivio.
Você se magoou com meus constantes lapsos do passado,
minha pele branca e olhos de melancolia...
Não importou meu sorriso sempre fiel
e a frase derradeira: Eu te amo...
Agora você também conta um pedacinho dos meus olhos
Sem querer, se tornou o que tanto tinha ciúmes
É parte da minha nostalgia...

"A recordação é uma traição a natureza
Passa, ave, passa, e ensina-me a passar"...

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