terça-feira, 31 de outubro de 2006

Ultima página

"Mais uma vez o tempo me assusta.
Passa afobado pelo meu dia,
Atropela minha hora,
Despreza minha agenda.
Corre prepotente,
A disputar lugar com a ventania.
O tempo envelhece, não se emenda.

Deveria haver algum decreto
Que obrigasse o tempo a desacelerar
E respeitar meu projeto.
Só assim, eu daria conta
Dos livros que vão se empilhando,
Das melodias que estão me aguardando,
Das saudades que venho sentindo,
Das verdades que ando mentindo,
Das promessas que venho esquecendo,
Dos impulsos que sigo contendo,
Dos prazeres que chegam partindo,
Dos receios que partem voltando.

Agora, que redijo a página final,
Percebo o tanto de caminho percorrido
Ao impulso da hora que vai me acelerando.
Apesar do tempo, e sua pressa desleal,
Agradeço a Deus por ter vivido,
Amanhecer e continuar teimando..."
(Flora Figueiredo)

Estive lendo poemas dessa autora, são singelos, cotidianos e românticos. Esse postado é o que tem mais haver comigo no momento.
"Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora, vou na valsa, a vida é tão rara" (Lenine).

Um comentário:

Anônimo disse...

Sim, a vida é tão rara.
É difícil, dura.
Por isso devemos exaltar as coisas boas, positivas que acalmam a alma e o coração.
O ser humano exalta o negativo, lamentando o que é uma pena.
Eu já fui negativa, já lamentei e estacionei. Mas a vida seguia...

Hoje vivo, não intensamente. Vivo com qualidade.
Com amigos saudáveis como vc Pekita
Bjokas
Bia
Obs.: Escrevi, escrevi e não li :P (tô com sono).